Há um pouco mais de 10 anos, a cada final de ano criei o hábito de relembrar as fotos que tirei ao decorrer do ano.
Me ajudar a relembrar do que aconteceu, os lugares que visitei, com quem estive e de que maneira utilizei meu tempo.
Esses últimos dias percebi que 2022 foi um ano que eu jamais pensaria que terminasse da maneira que terminou. Ou melhor, eu diria, 2022 foi um ano cheio de surpresas. Situações inesperados, decisões importante a serem tomadas, um ano de crescimento e de muita coragem.
Tentei documentar de tudo um pouco, mas com o foco de documentar a vida. Fotografias de pessoas sem e com máscaras, pessoas se abraçando, ruas cheias de novo, e dessa vez não vai ter print de zoom, porque esse ano, foi um ano vivido da maneira que gostamos. Contando uma história, de conexão, união, de felicidade e vitorias.
Eu percebi que foi mais um ano para comemorar, comemorar os lugares que visitei, os trabalhos que realizei, o sonho que conquistei. Esse ano, diferente dos outros dois, foi um ano de ir para a rua, de encontrar com pessoas e viver a vida. Aprendi a aproveitar mais os momentos que podemos ver em pessoa.
Ainda em Israel, foram muitas fotos dos jardins que não existe em lugar algum, a arquitetura única em um lugar no Oriente Médio. Um lugar que foi e sempre será minha casa.
A cada oportunidade que tive, mesmo que por poucos instantes, aprendi a usar meus olhos, e como extensão minha camêra para capturar:
os verdes dos jardins e as diferentes cores das plantas, e flores no Monte Carmelo
continuei a fotografar o campo de árvore de oliveira,
os ciprestes,
os caminhos de pedras brancas e vermelhas,
e claro o ouro coroando a “Rainha do Carmelo”.
Foi um ano que chegou ao fim um capítulo que eu jamais imaginasse que terminaria, não se terminei de escrever da maneira que eu planejei, mas foi um desfecho emocionante, que continuo escrever ele daqui. Um capítulo em Israel, rodeado de caminhos majestosos, jardins onde encontrava a calma e a paz interna. Cada detalhe da arquitetura, os portões com detalhes de ouro, as janelas azuis e verdes, a varanda da Mansão de Bahjí, com vista ao Santuário de Baha’u’lláh.
Com o fim desse capítulo, sem perder tempo comecei a escrever outro, com os mesmos olhos e aproveitando essa extensão da minha camêra comecei a enxergar um outro Brasil que deixei para trás e agora a história continua, uma história para relembrar, reunir, reaproveitar, e abraçar a cultura em que cresci e que deixei de viver por muito tempo.
Abri a mala e coloquei o mais importante, a coragem de voltar para casa com a mesma coragem que entrei em cada avião para descobrir esse mundão em que vivemos. Voltei com medo mas me surpreendi. Eu percebi que aqui mesmo em caos tem alegria, tem amigos, tem família, tem lembrança e muita pagina em branco para serem preenchida e muita foto para ser tirada.
Eu me encontrei a vida, encontrei o pôr-do-sol da cidade maravilhosa e os coqueiros da Bahia em que vivi. Voltei para comemorar o gol da copa do mundo que mesmo não trazendo o hexa trouxe muito memória, alegria, tristeza e por vez um pouco de frustração.
2022 foi um ano nada planejado, foi um ano vivido. E para sempre vai ser um ano bem lembrado. Um ano com desfecho, e um ano de recomeço, só que o mais importante, 2022 nada diferente como outros anos, foi um ano de muita foto. Um ano de documentação, um ano em que espero que as fotos mostraram o que eu vivo, vejo e sinto. Fotos que ajudam a capturar a realidade para outros. A Cada foto que eu tirei espero ter capturado seja positivo ou negativo mas seja ela a realidade. Com essas fotos espero levar sorriso para o rosto de vocês. E com fotos da beleza do mundo que vivemos ajude a ver que esse mundo são vive somente de odio, preconceito ou inveja. Mas uma vida com muito amor, união e celebração.
A beleza de ser fotografo é que a foto tirada por mim, não é só minha, ela também é sua e passa a ser nossa. É para ser vista, observada, vivida. O meu, é seu! E agora olhando para frente, para um 2023 cheio de pintura, com a luz que ilumina o mundo.
Essa seleção de fotos talvez não chegam ao 1% que vivi, mas demonstra as belezas que enxerguei e decidi mostrar. Espero que gostem, vivem comigo o poco que vivi nesses últimos 365 dias.